Ontem quinta-feira, dia 28, foi assinalado os 10 anos dos Parques Naturais dos Açores.
A sessão / tertúlia decorreu nas instalações do Centro Cultural da Calheta , na Vila da Calheta, sendo oradores, Rui Sequeira (Diretor do Parque Natural São Jorge) e Eduardo Guimarães (Ex-Diretor da Ecoteca de São Jorge). Foi ainda exibido um documentário (vídeo) “Parques Naturais dos Açores – 10 anos” da autoria de Paulo Henrique Silva.
Rui Sequeira, Diretor do Parque Natural de São Jorge referiu na sua intervenção entre outros aspetos o seguinte:
“O Parque Natural de São Jorge engloba 24% da área total da ilha de São Jorge, repartindo-se por 13 áreas protegidas classificadas segundo quatro categorias da União Internacional para a Conservação da Natureza: Monumento Natural (Ponta de Rosais); Área Protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies (Costa Noroeste, Costa Sudoeste, Costa de Velas, Pico da Esperança e Planalto Central, Fajã das Almas, Costa do Topo, Ilhéu do Topo); Área de Paisagem Protegida (Fajãs do Norte); Área Protegida de Gestão de Recursos (Costa Oeste, Entre Morros, Costa das Fajãs, Costa Nordeste). Estas áreas fazem-se acompanhar de alguns pontos importantes de interpretação e contemplação, que permitem ao visitante descobrir a biodiversidade oferecida por um património natural único em todo o mundo.
Destes pontos de interpretação e contemplação, sou de realçar os nossos dois Centros Ambientais, nomeadamente o Centro de Interpretação da Fajã da Caldeira de Santo Cristo e a Casa do Parque de São Jorge, que são estruturas destinadas a promover o conhecimento e a conservação de áreas protegidas, paisagens, habitats, geossítios, espécies notáveis ou outros elementos de interesse ambiental do Parque Natural de São Jorge. Cabe aos Centros produzir e manter exposições bem como disponibilizar informação especializada sobre os valores ambientais a que se encontrem associados, promovendo e regularizando a visitação nas áreas onde esses valores tenham particular expressão. No seu conjunto, estes dois Centros Ambientais, recebem cerca de 2 mil visitantes, em média, por ano”.
Mais referiu que:” Também como pontos de interpretação e contemplação, temos três Trilhos Pedestres inseridos neste Parque Natural de São Jorge, sobre os quais nos compete assegurar a sua manutenção. São eles o Trilho Pedestre do Pico do Pedro – Pico da Esperança – Fajã do Ouvidor; o Trilho Pedestre da Serra do Topo – Caldeira de Santo Cristo – Fajã dos Cubres (considerado por muitos o mais belo trilho pedestre dos Açores); e o Trilho Pedestre do Norte Pequeno.
Em cada um destes três trilhos podemos descobrir uma série de pontos de interesse onde são destacadas paisagens e edifícios, ocorrência de algumas espécies de fauna e flora, bem como de formações geológicas. Estes trilhos são também um pouco da história de São Jorge e dos Açores, pois muitos deles eram caminhos de pé posto, por onde passavam as gentes, possibilitando, assim, o contacto entre populações e a troca de produtos agrícolas, peixe, entre outros”.
O Info-Fajãs esteve presente na sessão e fez reportagem fotográfica de alguns momentos.
Fotografias e texto – Mark Marques
Info-Fajãs – 29.03.2019
Para ver reportagem fotográfica completa, clique abaixo em:
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