Senhora Presidente da Assembleia, permita-me que as primeiras palavras desta intervenção sejam para lhe desejar um excelente desempenho nesta nobre missão, desejo extensivo a todas as senhores e senhores nesta camara.
Senhora Secretária da energia ambiente e turismo.
A imagem do turismo nos Açores ficou a ganhar com a elegante figura de Vossa Excelência, acrescida de toda a competência sabedoria e responsabilidade que o governo lhe reconhece e que acreditamos que lhe seja merecida.
Ser secretária de um sector como o turismo sem ter na sua tutela os transportes, exigirá de Vossa Excelência diplomacia, trabalho de equipa e muita habilidade para efetuar os ajustes urgentes e necessários que os transportes necessitam nesta região, e que Vossa Excelência já reconheceu serem necessários, sem ficar refém da vontade de terceiros.
Esperamos que uma jovem e dinâmica gestora seja uma lufada de ar fresco no sector do turismo e que seja uma musa inspiradora junto do Senhor Secretario dos Transportes para uma melhor gestão dos mesmos.
Os transportes existem sem turismo, mas o turismo dificilmente existe sem transportes.
O turismo nos Açores apresentou neste ano os melhores resultados de sempre na região, superando o record obtido em 2008.
Os Açorianos estão de parabéns, e aguardam que os efeitos deste aumento não seja os mesmos da super lua que apareceu por estes dias e gerou tantas noticias, mas que só voltará a ser noticia daqui a algumas décadas.
É crucial para a economia de todas as ilhas que este governo seja capaz de manter, aumentar e gerir este sector de forma a que o que foi conquistado este ano prolifere em anos futuros.
O programa do governo, no sector do turismo é de uma vasta abrangência, elencando assuntos importantes relativos ao turismo, tais como a qualificação, sustentabilidade do destino, uma eficaz promoção e a real eficiência nas acessibilidades.
Pouco ou nada foi deixado de fora, numa ânsia de tudo assinalar sem concretizar quando se pretende atingir metas.
Muitas das medidas aqui apresentadas não são caloiras, mas sim repetentes de há quatro anos atrás, como é o caso da sinalização turística e rodoviária.
E para ser mais concreto na ilha de S. Jorge, há vários anos que a pouca sinalização que havia desapareceu e nunca mais foi reposta. Nas zonas altas como é o caso da serra do Topo e Nortes, em dias de nevoeiro é extremamente perigoso conduzir pela total ausência de sinalética vertical e horizontal.
Se os residentes que são conhecedores das estradas têm dificuldades imaginem os turistas.
Há casos destes um pouco por todas as ilhas.
Em janeiro de 2014, em reposta a um requerimento apresentado por mim nesta casa, foi informado que no segundo semestre desse ano o assunto seria solucionado. Nada foi feito.
Não quero pensar que mais rapidamente chega um turista a Marte do que chega a sinalização turística a S. Jorge.
Depois de quase uma década de decréscimo do número de turistas, marcada por encerramentos de vários hotéis, e despedimentos de muitos funcionários, originando grandes dificuldades para os empresários, felizmente há uma luz de esperança que renasce na indústria do turismo nos Açores.
Depois de anos de teimosa renegação à redução de tarifas, e à vinda das Low cost para os Açores, o governo socialista embora com alguma relutância inicial, converteu-se aos benefícios das companhias de baixo custo e aplaudem efusivamente.
Os Açorianos aguardam poder aplaudir também a redução substancial das tarifas inter-ilhas e uma maior e melhor distribuição nos reencaminhamentos, incrementando o turismo em época baixa e proporcionando um melhor equilíbrio da economia no sector em todas as ilhas.
O aumento do número de camas na hotelaria tradicional, bem como no turismo rural e no alojamento local, tem sido notório e muitos são os projetos que se encontram em fase de construção.
No entanto, os empresários estão preocupados com o novo imposto criado pela República para taxar o alojamento local. Esta é uma séria ameaça ao desenvolvimento do sector e um entrave para a economia dessas pequenas empresas, nomeadamente numa região em que o turismo se encontra numa fase embrionária.
Estamos certos que este governo encontrará forma de contrariar esta clara medida de austeridade da mesma forma que o fez tão prontamente e incisivamente na legislatura anterior.
O potencial e as belezas naturais desta região são factos inquestionáveis.
Todos nós concordamos com a importância que este sector tem e poderá representar no futuro da economia desta Região.
Este governo tem todas as condições para assegurar um desenvolvimento turístico sustentável e duradouro.
Os Açorianos decidiram democraticamente atribuir ao PS a responsabilidade de governar nesta legislatura, bem como ao PSD a responsabilidade de fiscalizar essa governação, e certamente cumpriremos todos com as nossas responsabilidades, todos seremos poucos para trabalhar em prol do bem dos Açores.
AP/ Mark Marques | Info-Fajãs
18.11.2016
