A repartição de Finanças da Calheta de São Jorge pode reabrir este ano.
A deputada do PS eleita pelos Açores para a Assembleia da República, Lara Martinho disse ontem ao DI que estão em curso contactos tendo como objetivo a reabertura das instalações da Autoridade Tributária e Aduaneira da Calheta, que foram encerradas em 2012.
Lara Martinho frisou que ainda não existe qualquer comunicação oficial do ministério das Finanças sobre o assunto, mas manifestou-se confiante num bom desfecho para essa reivindicação da população jorgense.
“Temos mantido contactos com o ministério das Finanças sobre o assunto. Vamos aguardar pelos resultados dessas diligências. Não podemos, por enquanto, dizer qual será a decisão sobre esse assunto, mas acreditamos que o desfecho será favorável”, afirmou.
Por seu turno, o deputado do PSD eleito pelos Açores para a Assembleia da República, António Ventura disse ontem ao DI que pretende questionar o Governo da República sobre a situação das Finanças da Calheta.
A repartição de Finanças da Calheta está praticamente encerrada desde 2012.
Desde essa altura, os serviços do fisco da Calheta abrem um dia por semana para atender toda a população do concelho.
A população e entidades de São Jorge defendem a reabertura da repartição de Finanças da Calheta, uma vez que os habitantes do concelho têm que de deslocar à vila das Velas para contactarem com os serviços tributários.
Jorge Noronha é um dos jorgenses que sublinham a importância da reabertura das Finanças.
Neste momento, o serviço está aberto apenas um dia por semana, das 09h00 e 15h30, o que, avançou Jorge Noronha, é manifestamente insuficiente.
“Nunca é suficiente, não se atendem as pessoas todas, o que obriga muitas vezes a deslocações às Velas. É claro que muitos dos processos já se fazem na internet, mas muita da população rural – do Topo e dos Nortes, por exemplo – não tem acesso ou não sabe como se faz”, referiu.
Segundo Jorge Noronha, é necessário voltar a pressionar os políticos para que a repartição de Finanças da Calheta possa reabrir.
“Em 2012 fez-se uma manifestação pública. Nessa altura, o PS chateou-se muito com o governo do Passos Coelho e do Paulo Portas e há um ano disse que os serviços regressariam, mas até agora nada foi feito para reverter um ato que até foi ilegal”, considera.
Em 2015, durante o período de campanha para as eleições legislativas nacionais, Carlos César, líder parlamentar socialista na Assembleia da República, disse que um dos objetivos da candidatura passava por garantir que os serviços do Estado eram assegurados na Região.
Diário Insular / Mark Marques | Info-Fajãs
19.01.2017
