Conserveira de São Jorge lamenta que constrangimentos no porto de Lisboa tenham impedido mais negócios.
A Fábrica Santa Catarina poderia ter alcançado um resultado de vendas superior ao que obteve, em março, se não tivessem existido constrangimentos no porto de Lisboa com a movimentação de carga no passado mês.
A conserveira de peixe de São Jorge duplicou a faturação em março, tendo encerrado o mês com um volume de vendas de 1,3 milhões de euros, devido ao aumento da procura de atum em lata no mercado nacional.
O presidente da administração da Fábrica Santa Catarina, Rogério Veiros, disse ontem ao DI que as grandes superfícies comerciais de âmbito nacional optaram por comprar atum em Espanha porque não foi assegurado o transporte de São Jorge para o porto de Lisboa.
“Tivemos dificuldades em transportar os nossos produtos para Lisboa, o que fez com que não fosse possível aumentar mais as vendas no mês passado”, referiu.
Rogério Vieiros adiantou que as perspetivas para o mês de abril no que se refere às vendas também são “animadoras”, uma vez que muitos clientes estrangeiros da Santa Catarina estão a fazer encomendas para repor os “stocks” das diferentes variedades de conservas de atum.
“Estamos a produzir de acordo com o nosso plano de contingência com dois turnos. Se não houver problemas no fornecimento de matéria-prima, como latas ou embalagens, temos condições de continuar aumentar a laboração “, afirmou.
Com cerca de 140 trabalhadores, a Santa Catarina é uma empresa com capitais públicos. Desde que retomou a laboração, na década de 90, que a Santa Catarina está em dificuldades financeiras, embora tenha encerrado a contas do ano passado com um saldo positivo depois de acumular prejuízos nos anos anteriores.
Diário Insular / Info-fajãs / Mark Marques
Foto – Selma Veiros
14.04.2020
